domingo, 30 de setembro de 2012

Insecto-pau

Phibalosoma phyllinum



Existem mais de 500 espécies deste insecto, também conhecido como insecto-folha. Assumem as mais formas, sendo muito comum aquela que se chega a confundir com trocos de árvores. Completamente inofensivo, é capaz de ficar horas sem se mexer, para escapar dos predadores. As pernas ficam esticadas, sendo que as da frente tapam a cabeça e as antenas. É preciso ser muito observador para identificá-lo no meio dos galhos secos. De movimento lentos, vale-se desta curiosa estratégia para se defender dos predadores. Os pássaros são os seus predadores naturais. Os ovos desses insectos, são muito parecidos com sementes, são lançados ao acaso pelas fêmeas. Sem nenhuma proteção especial, eles podem ficar mais de um ano inativos antes de eclodir. Há espécies nas quais os machos são raros e em que a reprodução se faz por partenogénese. Ou seja, as fêmeas põem  ovos, que formam novos indivíduos sem que tenham sido fecundados, e deles originam-se quase sempre novas fêmeas. O desenvolvimento do embrião é lento, demorado de 100 a 150 dias para o ovo eclodir. Em algumas espécies, esse prazo pode estender-se até dois anos. A forma jovem do insecto é chamada de ninfa logo após a eclosão, mas é semelhante à dos adultos. Os maiores exemplares alcançam quase 27 centímetros, mas há espécies mais pequenas, que mal passam de um centímetro. São insectos com corpo em forma de bastão, alados ou não. As formas sem asas movimentam-se lentamente; os alados voam mal, usando as asas mais como pára-quedas. Vivem entre plantas em áreas rurais e urbanas, nas regiões tropicais e subtropicais do mundo inteiro. Herbívoros, estes insectos têm como dieta-base folhas e rebentos. Os investigadores defendem que se proliferassem com maior dinamismo, poderiam ser considerados "praga" uma vez que são grandes devoradores de folhas. Camuflado como poucos, este insecto é praticamente imperceptível no habitat. O insecto-pau passa horas completamente paralisado.

sábado, 22 de setembro de 2012

Cobra-do-milho

Elaphe guttana

 Cobra-do-milho (Elaphe guttana)

.A cobra-do-milho é uma das mais vistosas cobras-de-ratos-norte-americanas. A sua longevidade média varia entre os 12 anos e os 18 anos, havendo registo de um de um espécime que atingiu os 21 anos e 9 meses. São geralmente calmas, agradáveis de manusear, que raramente mordem, mas quando ameaçadas, fazem vibrar as caudas e podem recuar, e prontas para atacar. Bastante fáceis de manter em cativeiro e de se reproduzir. Embora noturnas, as cobras-do-milho estão muitas vezes ativas de dia, nos meses mais frescos do ano. Se forem capturadas, expelem um odor fétido. São portanto, das cobras mais aconselháveis tanto para principiantes como para Herpetólogos experientes. A cobras-do-milho é ovípara, as fêmeas põem cerca de 25 ovos de cada vez entre a vegetação apodrecida. As Elaphes guttana podem se encontrar no Sudeste dos Estados Unidos, estendendo-se desde Maryland e Nova Jersey até à costa do Golfo. Encontram-se normalmente em encostas rochosas, Pinhais, em terras cultivadas, como grandes campos de milho de onde provem o sue nome comum em zonas abertas, preferindo habitats secos a zonas pantanosas. não sendo, no entanto, muito seletivas. As cobras-do-milho podem ser encontradas à superfície, em cima de árvores e edifícios, ou sob troncos caídos, pedras e detritos. São cobras esguias, caracterizadas por terem uma série de manchas delineadas a preto, que se localizam ao longo do seu corpo. As manchas são de cor avermelhada, contrastando bastante com o fundo cor de laranja. No entanto o padrão e cor variam largamente de um individuo para o outro. Existem, para além da descrição típica, uma série de mutações que divergem tanto no padrão como na cor, sendo a mais comum Amelanística, em que pigmento preto esta ausente.
A Elaphe guttana pode chegar a medir entre 1-1,8 metro de cumprimento. Os machos normalmente atingem comprimentos maiores do que as fêmeas. Os flancos formam um ângulo agudo no lado inferior, formando cristas que aumentam a aderência aos troncos e muros. As cobras adultas alimentam-se sobretudo de pequenos roedores, sendo de grande utilidade em quintas. A cobra-do-milho é extremamente variável, com 3 subespécies diferentes. A subespécie Elaphe guttana, é a mais colorida e comum, e restringe-se ao estados do Sudeste dos Estados Unidos; a espécie do Midwest, a Elaphe guttana emoryi, é cinzenta com manchas mais escuras, de um castanho acinzentado, e ainda a Elaphe guttana rosácea. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pinguim-imperador

Aptenodytes forsteri

Esta espécie utiliza um complexo sistema de vocalizações entre os vários membros da família. Os chamamentos para comunicar distinguem-se entre pais e filhos e até mesmo de macho para fêmea. Qualquer ave tem cuidados especiais na manutenção das penas, pois delas depende a sua capacidade de voar. Embora os pinguins não voem, as suas penas impermeabilizam a sua derme. Antes de procurarem alimento, passam algum tempo a alisar as penas. Esta atividade é muitas vezes praticada em grupo. Também pescam em comunidade. Os mergulhos, em busca de alimento, podem atingir os 130 metros de profundidade. Os adultos são animais gregários. Os juvenis dispensam-se facilmente, voltando à colonia natal apenas para nidificar. A fêmea põe um ovo, vai para o mar em busca de alimento e o macho incuba-o durante 72 dias. Para o manter quente, envolve-o numa bolsa marsupial, alimentando a sua cria com uma espécie de leite produzido por uma glande situada no esófago. O esforço da incubação retira cerca de metade do peso ao progenitor, pois o macho está em pleno jejum. A fêmea regressa na Primavera, para junto do macho para o pinto ser criado por ambos. O pinguim-imperador vive em colónias, na Antártida. Embora as regiões geladas sejam o seu favorito habitat, este animal consegue manter-se quente, porque possui uma espessa camada de gordura sob as penas. Esta ave alimenta-se à base de crustáceos, peixes e cefalópodes e a comida que ingere depende das quantidades existentes nas águas geladas do Antárctico. As pernas dos pinguins são pretas em quase todo o corpo, exceptuando as do peito, que são brancas. Esta coloração permite-lhes esconderem-se dos predadores enquanto estão dentro de água. Não há dimorfismo sexual entre o macho e a fêmea. Ambos possuem cabeça grande, pescoço curto e cauda pequena. Um macho adulto pode ultrapassar os 35 quilos e medir 1,2 metros de altura.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Crocodilo-do-Nilo

Crocodylos nibticus


Crocodilo-do-Nilo
O crocodilo-do-Nilo é um grande predador do rio e um elo muito importante na cadeia alimentar, o crocodilo-do-Nilo enfrenta o problema da destruição do seu habitat natural. Os machos, territoriais, estabelecem uma hierarquia com um macho dominante. Prefere grandes rios, lagos e pântanos, mas também frequenta estuários e a foz de alguns rios: pode vir a terra aquecer-se ao sol nos dias mais soalheiros. Embora por natureza solitário, pode alimentar-se em grupo, trabalhando vários crocodilos em conjunto para conduzirem os cardumes de peixes para águas superficiais. Pode saltar para capturar aves nos ninhos que se encontram junto a margem do rio ou matar animais que vão beber as beiras do rio. Inicialmente distribuído pela Palestina, e por todo o continente africanos à excepção do Sara e da costa Norte de África, actualmente resiste na África subsariana, no Nilo e em Madagáscar. É no Uganda que se consegue encontrar um maior número destes animais, que gostam especialmente de rios, lagos, pântanos e zonas de papiro. 
No equilíbrio da dieta alimentar deste crocodilo reside a chave da estabilidade de todo o ecossistema do Nilo: a base da alimentação do crocodilo-do-Nilo está numa espécie de peixe-gato. Sem o crocodilo, este peixe reproduzir-se-ia de tal modo que acabaria por comer todos os outros peixes que vivem no rio e constituem a base da alimentação de muitas aves da região. Os mais novos ingerem pequenos invertebrados aquáticos e insectos, mas rapidamente passarão a ter uma dieta igual à dos mais velhos, que consiste em antílopes, zebras, búfalos, jovens hipopótamos e até leões. O mais comum é que não ultrapasse os cinco metros. Enquanto jovem, apresenta uma coloração que pode variar entre verde-escuro e o castanho, com umas listas horizontais mais escuras, desde a cauda, atravessando todo o corpo. Já adulto, a cor uniformiza-se em vários tons de castanho. A sua pele é rugosa, bastante impermeável e resistente. O crocodilo-do-Nilo tem longos maxilares com dentes, visíveis mesmo quando a boca está fechada.
Como outros crocodilos morde, mas não mastiga, o que constitui um problema quando devora presas grandes, como zebras e búfalos. Os crocodilos-do-Nilo resolvem o problema arrastando-as para dentro de água e fazendo-as girar até se soltarem pedaços de carne. O crocodilo-do-Nilo tem olhos e as narinas na parte superior da cabeça, o que lhe permite ver e respirar dentro de água: nada com o auxílio da poderosa cauda achatada e dos dedos palmados. A fêmea atinge a maturidade sexual aos 2,6 metros de comprimento e o macho aos 3,1. A fêmea constrói o ninho em bancos de areia, algo que varia consoante a localização geográfica do animal: acontece durante a época das chuvas, em Novembro. A fêmea põe entre 16 a 80 ovos no ninho e a incubação dura entra 80 a 90 dias. Se a temperatura do ninho for de 31ºC a 34ºC os filhotes são machos, se a temperatura do ninho for 30ºC ou menos os filhotes são fêmeas. A fêmea protege o ninho até ouvir o “pio” dos jovens quando estão prestes a nascer. Nessa altura, a fêmea desenterra-os e transporta-os até a água cuidadosamente. Permanecem juntos por 6-8 semanas, e depois dispersam-se. Nos primeiros 4-5 anos vivem em tocas que podem ter 3 m de profundidade.