O orangotango é um habitante das árvores alimentando-se, dormindo e reproduzindo-se nas copas das florestas, embora os machos por vezes desçam ao solo. Passa a maior parte do dia à procura de frutos e outros alimentos e de noite constrói uma plataforma de ramos entrelaçados onde dorme. A fêmea dá a luz num ninho feito numa árvore e a pequena cria agarra-se ao pêlo da progenitora enquanto esta se desloca pelos ramos. O casal permanece unido até o jovem ter cerca de 8 anos. Os orangotangos vivem em comunidades vastamente distribuídas – provavelmente determinadas pela existência de alimentos. Tem longos pêlos vermelhos, pequenos olhos muito juntos, compridas repas em torno do rosto e os brações maiores do que as pernas. São solitários, mas reúnem-se junto a árvores de fruto e as fêmeas adolescentes fazem viagens de 2 ou 3 dias e conjuntos. Dão pela presença dos machos vizinhos através dos seus gritos prolongados. As fêmeas são mães extremosas que alimentam e acarinham as crias, aconchegando-as contra o peito ao longo dos primeiros 4 meses de vida. Depois de passar 4 anos a cuidar das crias, as fêmeas já podem dar novamente a luz. Muito prudentes, só soltam uma das patas do ramo a que estão agarrados quando as outras três se encontram apoiadas. O macho adulto tem uma cabeça impressionante contornada por bossas de gordura. O macho dominante é aquele que as fêmeas escolhem para pai das suas crias, que as protege e lhes fornece alimento. Os frutos são o alimento favorito dos orangotangos, que também consomem outras partes das plantas, bem como mel, lagartos, térmitas, pássaros e ovos. Os orangotangos usam as mãos e os dentes para descascar caules e frutos fim de acenderem ao interior suculento. O orangotango – é um termo que significa “ pessoas da floresta” em malaio – o macho tem um aspecto muito diferente da fêmea, com expansões de pele em volta da face, que aumentam de tamanho com a idade, barba longa e bigode. Embora o orangotango se encontre protegido por lei, os jovens continuam a ser capturados e vendidos como animais de companhia. Os projectos de recuperação de orangotangos resgatados – adultos e juvenis –apresentam uma excelente taxa de sucesso, mas alguns animais têm dificuldade em readaptar-se aos seus habitats naturais – que têm vindo a desaparecer.
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