quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pinguim-imperador

Aptenodytes forsteri

Esta espécie utiliza um complexo sistema de vocalizações entre os vários membros da família. Os chamamentos para comunicar distinguem-se entre pais e filhos e até mesmo de macho para fêmea. Qualquer ave tem cuidados especiais na manutenção das penas, pois delas depende a sua capacidade de voar. Embora os pinguins não voem, as suas penas impermeabilizam a sua derme. Antes de procurarem alimento, passam algum tempo a alisar as penas. Esta atividade é muitas vezes praticada em grupo. Também pescam em comunidade. Os mergulhos, em busca de alimento, podem atingir os 130 metros de profundidade. Os adultos são animais gregários. Os juvenis dispensam-se facilmente, voltando à colonia natal apenas para nidificar. A fêmea põe um ovo, vai para o mar em busca de alimento e o macho incuba-o durante 72 dias. Para o manter quente, envolve-o numa bolsa marsupial, alimentando a sua cria com uma espécie de leite produzido por uma glande situada no esófago. O esforço da incubação retira cerca de metade do peso ao progenitor, pois o macho está em pleno jejum. A fêmea regressa na Primavera, para junto do macho para o pinto ser criado por ambos. O pinguim-imperador vive em colónias, na Antártida. Embora as regiões geladas sejam o seu favorito habitat, este animal consegue manter-se quente, porque possui uma espessa camada de gordura sob as penas. Esta ave alimenta-se à base de crustáceos, peixes e cefalópodes e a comida que ingere depende das quantidades existentes nas águas geladas do Antárctico. As pernas dos pinguins são pretas em quase todo o corpo, exceptuando as do peito, que são brancas. Esta coloração permite-lhes esconderem-se dos predadores enquanto estão dentro de água. Não há dimorfismo sexual entre o macho e a fêmea. Ambos possuem cabeça grande, pescoço curto e cauda pequena. Um macho adulto pode ultrapassar os 35 quilos e medir 1,2 metros de altura.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Crocodilo-do-Nilo

Crocodylos nibticus


Crocodilo-do-Nilo
O crocodilo-do-Nilo é um grande predador do rio e um elo muito importante na cadeia alimentar, o crocodilo-do-Nilo enfrenta o problema da destruição do seu habitat natural. Os machos, territoriais, estabelecem uma hierarquia com um macho dominante. Prefere grandes rios, lagos e pântanos, mas também frequenta estuários e a foz de alguns rios: pode vir a terra aquecer-se ao sol nos dias mais soalheiros. Embora por natureza solitário, pode alimentar-se em grupo, trabalhando vários crocodilos em conjunto para conduzirem os cardumes de peixes para águas superficiais. Pode saltar para capturar aves nos ninhos que se encontram junto a margem do rio ou matar animais que vão beber as beiras do rio. Inicialmente distribuído pela Palestina, e por todo o continente africanos à excepção do Sara e da costa Norte de África, actualmente resiste na África subsariana, no Nilo e em Madagáscar. É no Uganda que se consegue encontrar um maior número destes animais, que gostam especialmente de rios, lagos, pântanos e zonas de papiro. 
No equilíbrio da dieta alimentar deste crocodilo reside a chave da estabilidade de todo o ecossistema do Nilo: a base da alimentação do crocodilo-do-Nilo está numa espécie de peixe-gato. Sem o crocodilo, este peixe reproduzir-se-ia de tal modo que acabaria por comer todos os outros peixes que vivem no rio e constituem a base da alimentação de muitas aves da região. Os mais novos ingerem pequenos invertebrados aquáticos e insectos, mas rapidamente passarão a ter uma dieta igual à dos mais velhos, que consiste em antílopes, zebras, búfalos, jovens hipopótamos e até leões. O mais comum é que não ultrapasse os cinco metros. Enquanto jovem, apresenta uma coloração que pode variar entre verde-escuro e o castanho, com umas listas horizontais mais escuras, desde a cauda, atravessando todo o corpo. Já adulto, a cor uniformiza-se em vários tons de castanho. A sua pele é rugosa, bastante impermeável e resistente. O crocodilo-do-Nilo tem longos maxilares com dentes, visíveis mesmo quando a boca está fechada.
Como outros crocodilos morde, mas não mastiga, o que constitui um problema quando devora presas grandes, como zebras e búfalos. Os crocodilos-do-Nilo resolvem o problema arrastando-as para dentro de água e fazendo-as girar até se soltarem pedaços de carne. O crocodilo-do-Nilo tem olhos e as narinas na parte superior da cabeça, o que lhe permite ver e respirar dentro de água: nada com o auxílio da poderosa cauda achatada e dos dedos palmados. A fêmea atinge a maturidade sexual aos 2,6 metros de comprimento e o macho aos 3,1. A fêmea constrói o ninho em bancos de areia, algo que varia consoante a localização geográfica do animal: acontece durante a época das chuvas, em Novembro. A fêmea põe entre 16 a 80 ovos no ninho e a incubação dura entra 80 a 90 dias. Se a temperatura do ninho for de 31ºC a 34ºC os filhotes são machos, se a temperatura do ninho for 30ºC ou menos os filhotes são fêmeas. A fêmea protege o ninho até ouvir o “pio” dos jovens quando estão prestes a nascer. Nessa altura, a fêmea desenterra-os e transporta-os até a água cuidadosamente. Permanecem juntos por 6-8 semanas, e depois dispersam-se. Nos primeiros 4-5 anos vivem em tocas que podem ter 3 m de profundidade.

sábado, 4 de agosto de 2012

Pirilampo

Lampyris noctíluca
Pirilampo


Os pirilampos são insectos estranhos que emitem uma luz que suscita bastante curiosidade. O que nem toda a gente sabe é que apenas a fêmea possui essa capacidade. O brilho do pirilampo resulta de uma reacção química quando liberta algum calor. Os lampejos são equivalentes ao inicio de namoro: são código para atrair o sexo oposto. Porém, a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça. Existem na Europa, de Portugal a Grã-Bretanha, e na China. As lesmas e os caracóis são as suas principais fontes de alimento. Contudo, são capazes de comer até criaturas muito maiores, injectando-lhes antes um líquido paralisante. Só o macho possui duas asas e élitros. Com o seu corpo frágil,  cor de terra, a fêmea do pirilampo pode apenas arrastar-se no chão. Para chamar a atenção dos machos alados que zumbem no ar e para compensar  a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do pirilampo, pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa a sua dança e venha juntar-se à fêmea. Essa diferenciação tão marcada entre sexos é rara entre os coleópteros. Existem espécies relacionadas em que ambos os sexos são alados e luminescentes. O macho tem 10 milímetros de comprimento e a fêmea entre 12 a 20 milímetros. O estádio larval dura seis meses a maior partes deste tempo é passada debaixo de terra.